24 abril 2009

Grupo de cientistas decifra genoma bovino


Um grupo internacional de cientistas, com participantes brasileiros, decifrou o genoma do gado bovino. Os pesquisadores também fizeram uma análise das variações genéticas desses animais, com expectativa de que essas informações tragam revolução para as técnicas da criação de gado. A reportagem de capa da revista científica americana "Science" mostrou que o ser humano está geneticamente mais próximo do boi do que do camundongo e do rato.

Os cientistas identificaram, no genoma bovino, cerca de 22 mil genes, sendo que alguns não são encontrados em outros mamíferos, como homem, chimpanzé, rato, camundongo e cão. Os resultados mostram os efeitos que a seleção artificial teve sobre a composição genética

desses indivíduos.

A construção de uma espécie de mapa genético, chamada de HapMap, rastreia as variações mínimas existentes ao logo do genoma, em que uma única letra química do DNA é trocada por outra. Este HapMap já é usado, inclusive no Brasil, para selecionar os marcadores ligados à qualidade da carne e do leite.

Desta forma, é possível, a partir destas informações genéticas, aumentar a qualidade do gado de corte e leiteiro e transformar o produto de exportação em uma mercadoria de alto valor agregado. Com essa informação genética, será possível elevar a qualidade de trazer para o Brasil a uniformidade do gado na alimentação, como já existe em outros países.

Os resultados também mostram que o genoma bovino pode ser o animal mais adequado para realização de estudos com modelagem de doenças humanas, em razão da proximidade genética com o homem. O DNA bovino também pode resultar na descoberta de genes que propiciam maior resistência a patógenos. O boi, por exemplo, convive com muitas bactérias que vivem em seu sistema digestivo. Mas os humanos não têm essa resistência, o que poderá ser procurada no genoma bovino.
Fonte:Joven Pan Online

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